A empresa Multinacional americana foi condenada como responsável pela intoxicação de um agricultor francês devido a inalação de um herbicida (alachlor). É a primeira vez que se tem uma condenação deste tipo segundo o site do Jornal LeMonde. Segundo o site, o acidente ocorreu quando o produtor foi verificar a limpeza de um pulverizador e acabou inalando grande quantidade do produto. Mesmo voltando ao trabalho o produtor sofria com problemas na fala e fortes dores de cabeça até que no final de 2004 chegou a desmaiar em sua casa. Durante os exames foi encontrada uma falha em seu sistema nervoso.
Depois de muito tempo com a ajuda da família e médicos, chegou-se a conclusão que o efeito fora causado pelo monoclorobenzeno, componente do herbicida (solvente). O componente faz mesmo parte do herbicida, como pode ser visto na bula do produto: http://www.kellysolutions.com/erenewals/documentsubmit/KellyData%5CVA%5Cpesticide%5CMSDS%5C524%5C524-314%5C524-314_LASSO_HERBICIDE_10_30_2007_2_43_57_PM.pdf. E na própria bula, é citado o efeito carcinogênico do produto.O uso do Lasso, foi proibido desde 2007 na França. No Canadá, está proibido desde 1985 e de 1992 na Bélgica. Isso nos remete a um problema no Brasil. Por exemplo na bula do nosso alaclor, não temos discriminado o solvente utilizado (apenas definido como inertes). Veja: http://www.nortox.com.br/files/produtos/bula/113956000000_13032015.pdf
Hoje o agricultor trabalha mais com a agricultura biológica e reduziu o número de pesticidas utilizados. Sabemos que existe esta tendência no mundo todo da redução (proibição) no uso de algum produtos químicos. Veja por exemplo a queda no investimento das empresas em químicos na Europa:
Juntamente com outros problemas como a resistência de plantas daninhas a herbicidas temos que cada vez mais pensar em uma agricultura mais integrada, com um manejo integrado de plantas daninhas e pragas, beneficiando o meio-ambiente, a saúde do produtor e a do consumidor final.
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