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Situação dos Transgênicos

Situação dos Transgênicos.

Recentemente, o Pesquisador Stephen O. Duke, editor chefe da Pest Management Science, e pesquisador em Oxford-Mississippi, USA, escreveu um editorial sobre a situação dos OGM`s (Organismos Geneticamente Modificados) a nível mundial e deu suas opiniões sobre o futuro.

Hoje, fazem quase 23 anos que estes organismos tiveram sua primeira liberação. Atualmente, a área plantada de OGMs é maior em países em desenvolvimento do que em países desenvolvidos. No editorial, o autor fala ainda sobre tendências futuras, como o surgimento de novos cultivares com resistência à patógenos, tendência a ser verificada pelo número de patentes relacionadas ao assunto depositadas nos últimos anos. No Brasil, já temos aprovada a comercialização do feijão com resistência ao mosaico-dourado, vírus transmitido pela mosca-branca, que causa enorme prejuízos na cultura, resta apenas que a cultura seja multiplicada para sua comercialização efetiva.

Com relação aos herbicidas, espera-se que as novas resistências a serem comercializadas, como a resistência ao 2,4-D ou dicamba, terão menor impacto do que as culturas resistentes ao glyphosate tiveram. Ressalta-se ainda a preocupação com o fluxo gênico entre culturas e plantas daninhas. Tal fato ainda não tem significância relativa ambiental, pois as culturas transformadas como milho, soja e algodão, não possuem plantas daninhas “tão próximas” em um mesmo sistema de cultivo. Não existem também relatos desta transmissão de genes entre plantas cultivadas e plantas daninhas, o que será muito discutido e estudado nos próximos anos.

Com todos estes dados, fica-se a dúvida. Os países em desenvolvimento, possuem extensão suficiente para orientar os agricultores quanto ao uso desta tecnologia? Sabemos que em países como o Brasil, muito deste encargo fica por conta das empresas e de pesquisadores de Universidades, que dividem suas cargas horárias com pesquisas (orientações, publicações, etc.), aulas e extensão. Não se deve esquecer que estas tecnologias, diminuíram os impactos ambientais causados por exemplo, pela intensa aplicação de inseticidas no campo, porém, por outro lado, surgiram os casos de resistência à estas tecnologias. Uma coisa é certa, o lançamento de novos “traits”, vai de encontro com toda a solução dos problemas antigos e atuais, o aumento da DIVERSIDADE no campo.

Caso queira saber mais, acesse os textos sobre a resistência a herbicidas nos EUA (aqui) ou os trabalhos sobre o fluxo gênico e segurança ambiental (texto 1, texto 2), recentemente publicados em revistas especializadas nos temas.

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